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26 agosto 2013

A REBELIÃO DAS MASSAS

estudo sobre cultura de massa
JOSÉ ORTEGA Y GASSET. A Rebelião das Massas. São Paulo: Martins Fontes, 1987. 258pp. 

“Este livro (...) começou a ser publicado num diário madrileno em 1926.” (p.3)

O FATO DAS AGLOMERAÇÕES “Como as massas, por definição, não devem nem podem dirigir sua própria existência, e muito menos reger a sociedade, a Europa enfrenta atualmente a crise mais grave que possa ser enfrentada por povos, nações ou culturas. (...) Chama-se a rebelião das massas.” (p.35) “Os indivíduos que integram essas multidões já existiam, porém não como multidão.” (p.37)
“O conceito multidão é quantitativo e visual.” (p.37)
“As minorias são indivíduos ou grupos de indivíduos especialmente qualificados. (...) Massa é o ‘homem médio’.” (p.37) “(...) As inovações políticas dos anos mais recentes não significam outra coisa senão o império político das massas.” (p.40)
Sobre o conceito de hiperdemocracia: “a massa atua diretamente sem lei, por meio de pressões materiais, impondo suas aspirações e seus gostos.” (p.40)

23 agosto 2013

DISCURSO SOBRE O MÉTODO

RENÉ DESCARTES. Discurso sobre o método. Leiden - França: [editora desconhecida], 1637.
"O bom senso é a coisa melhor dividida no mundo, pois cada um se julga tão bem dotado dele que ainda os mais difíceis de serem satisfeitos em outras coisas não costumam querê-lo mais do que têm. E, a esse propósito, não é verossímil que todos se enganem. Isso prova, pelo contrário, que o poder de bem aquilatar e diferenciar o verdadeiro do falso, quer dizer, o chamado bom senso ou a razão, é naturalmente igual em todos os homens e assim, que multiplicidade de nossas opiniões não deriva do fato de uns serem mais razoáveis do que outros, porém somente do fato de encaminharmos nosso pensamento por diversos caminhos e não levarmos em conta as mesmas coisas. Não é suficiente ter o espírito bom, o essencial é bem aplicá-lo. As maiores almas são capazes dos maiores vícios como das maiores virtudes e os que caminham muito vagarosamente podem adiantar muito mais, se prosseguirem sempre em seu caminho reto, do que os que correm e dele se afastam" (p. 9)
"Como existem homens que se deixam iludir em seus raciocínios e incorrem em paralogismos, ainda quando se trata da mais elementar noção de geometria, e acreditando-me também eu tão sujeito a errar como os outros, rejeitei como sendo falsas todas as razões que anteriormente tomara por demonstrações. Por fim, tendo em conta que os mesmos pensamentos que temos quando estamos acordados podem ocorrer-nos quando dormimos, sem que exista então um só que seja verdadeiro, tomei a decisão de fingir que todas as coisas que antes me entraram na mente não eram mais reais do que as ilusões dos meus sonhos. Mas, logo depois, observei que, enquanto eu desejava considerar assim tudo como sendo falso, era obrigatório que eu, ao pensar, fosse alguma coisa. Percebi então, que a verdade 'penso, logo existo' era tão sólida e tão exata que sequer as mais extravagantes suposições dos céticos conseguiriam abalá-las. E, assim crendo, concluí que não deveria ter escrúpulo em aceitá-la como sendo o primeiro princípio da filosofia que eu procurava". (p. 28)